[…] “Eu tinha certeza que meus olhos estavam brilhando assim como todas as vezes que eu falo de ti. E então eu te abracei com todas as minhas forças, que a essa altura já não eram muitas, te apertei em meus braços na esperança de nunca mais te soltar. As palavras tão treinadas sumiram em segundos e eu as forçava. Não que saísse alguma coisa útil ou decente, na verdade não saia nada quando eu só esperava falar um “eu te amo”. Eu poderia te soltar e fazer qualquer coisa, mas eu só queria ficar em seus braços, só queria poder te ter por perto por mais tempo, fazendo com que o sorriso e ao mesmo tempo as lágrimas em meu rosto fossem eternos, mas as lágrimas eram de felicidade, era um dos milhões de sentimentos que se passavam dentro de mim. E nenhum deles lembrava que eu iria te soltar, ainda bem, pois pensar e sentir isso era o que eu menos queria. Seu abraço me reconfortava de uma maneira inexplicável, e o seu cheiro, o seu perfume me fazia quase delirar, era como se fosse a lua e voltasse várias vezes no mesmo segundo. Eu poderia morrer naquele momento que morreria feliz, morreria fazendo o que sempre sonhei, o que sempre esperei e que sempre lutei.” E então eu acordei acreditando que tudo aquilo era real, mas não era, era como todas as outras vezes, sempre um sonho. Um sonho dos mais perfeitos existentes. E tudo porque tinha você.